A história do livro
(Memórias de um Suicida) começa no século XVII, quando nasce um jovem em terras
portuguesas numa família pobre, mas que sonhava ser rico, culto e poderoso.
Este jovem procurou um pároco e contou seu sonho. O pároco então, passou a ensinar-lhe
quanto sabia. Diante das suas ambições, o jovem despertou a vontade de ser um
sacerdote. Mas o pároco, disse que o rapaz não tinha vocação para o sacerdócio,
e aconselhou-lhe que exercesse o sublime sacerdócio construindo um lar, com
respeito, justiça e amando sempre o próximo. O conselho do pároco calou fundo,
e os planos foram adiados. O jovem então, apaixonou-se por Maria Magda com
fervor. Ambos faziam planos matrimoniais, quando Magda conhece um outro rapaz,
Jacinto de Ornelas y Ruiz, apaixona-se, casa-se e muda-se para Madrid. O jovem
sentiu-se humilhado, cheio de ódio, rancor, despeitado e jurou vingança. Diante
do desgosto, ele reativou a idéia de ser sacerdote e a realizou. Serviu às leis
de Inquisição. Perseguia, denunciava, caluniava, fazia intriga, mentia,
condenava, torturava e matava. Quinze anos depois do casamento de sua amada
Maria Magda, o sacerdote vai para Madrid a mando da Igreja. O acaso então, os
colocou novamente frente a frente, trazendo muito ódio à lembrança, mas
sentindo que ainda a amava. Tentou cativa-la, mas não conseguiu. Ela resistiu
com dignidade. Jacinto, percebeu o assédio do sacerdote à sua esposa.
Preparou-se para deixar Madrid, buscando refúgio no estrangeiro para si próprio
como para a família. Pois, o medo do oficial do Santo-Ofício era grande. Mas, o
sacerdote descobriu, denunciou Jacinto de Ornelas ao tribunal, com muitas
acusações. Jacinto foi preso, processado e entregue ao sacerdote, por ordem dos
seus superiores. Jacinto foi levado à masmorra infecta, onde passou
martirizantes privações e torturas: arrancaram-lhe as unhas e os dentes,
fraturaram os dedos, deslocaram os pulsos, queimaram a sola dos pés. Maria
Magda, sofria pensando o que poderia estar acontecendo ao marido. Por isso,
procurou o sacerdote entre lágrimas, suplicou trégua e compaixão. Ele então,
prometeu o marido de volta com uma condição, de que ela se entregasse à ele.
Ela relutou, mas acabou aceitando. Pois sabia que se não fizesse o acordo, seu
marido seria morto. Dias depois do pacto, Magda vai à sala de torturas,
contempla o marido, desespera-se, e não consegue ocultar o ódio pelo sacerdote.
Ele notou o desprezo, sentiu-se cansado em lutar por um bem inatingível, pois
não conseguia entender aquele sublime amor que cobria as mãos de Jacinto com
beijos e lágrimas. E por não conseguir o amor de Magda, a inveja, o despeito, o
ciúme, tomou-lhe o coração. As tendências maléficas do passado, vieram-lhe na
lembrança, quando no ano 33 gritou junto ao povo para condenar Jesus de Nazaré
em favor da liberdade do bandoleiro Barrabás. Ele então, vazou os olhos de
Jacinto perfurando-os com pontas de ferro incandescido. Jacinto inconformado
com a situação, não querendo tornar-se estorvo à querida companheira,
suicidou-se dois meses depois de obter a liberdade. Magda voltou para a terra
natal com os filhos, desolada e infeliz. Nunca mais viu o sacerdote ou obteve
notícias. O arrependimento não tardou iniciar ao mesquinho ser do sacerdote.
Não dormia com tranqüilidade, vivia nervoso e a imagem de Jacinto o atordoava.
Ele passou a evitar cumprir as tenebrosas ordens de seus superiores, até que
mais tarde foi levado ao cárcere perpétuo. Da Segunda metade do século XVII até
o século XIX, ele começou a expiar, na Terra como homem e na erraticidade como
Espírito, os crimes e perversidades cometidos sob a tutela do Santo-Ofício. Na
Segunda metade do século XIX, reencarnou em Portugal, como escritor famoso,
Camilo Castelo Branco, para a última fase das expiações inalienáveis: a
cegueira. O mesmo horror que Jacinto de Ornelas sentiu pela cegueira, ele
também sentiu. Diante da inconformidade, imitou a gesto, deu um tiro no ouvido,
tornando-se em 1890, suicida como Jacinto o fora em meado do século XVII. A
cegueira era uma expiação, mas o suicídio não. O suicídio foi uma escolha dele,
que perdeu a oportunidade que Deus estava dando para que ele reparasse sua
falta do passado. Ele fez mal uso do livre arbítrio. Camilo Castelo Branco
lança neste livro, através da médium Yvonne A . Pereira (que também foi uma
suicida na sua encarnação passada) um alerta para aqueles que pensam que a vida
termina no túmulo. Camilo conta a experiência dele e de outros suicidas como:
Jerônimo que deu um tiro no ouvido porque era rico e não suportou a ruína dos
negócios comerciais; Mario Sobral perdeu-se nos instintos inferiores,
influenciado pela beleza física, a vaidade, a sedução, que pediam cada vez mais
prazeres. Quando percebeu que estava perdendo sua esposa para outro, tentou
encontrar-se e reconduzir sua vida, mas não conseguiu. Sua esposa não o
aceitou. Ele então, à matou estrangulada e logo após enforcou-se; Belarmino era
um professor conceituado, diante de uma tuberculose, resolveu acabar com o
sofrimento, cortando os pulsos; João era viciado em jogo, perdeu tudo,
inclusive a honra e a própria vida, envenenou-se. Uma observação importante: O
resgate não é igual para todos. Por exemplo: Jerônimo, o amigo de Camilo, que
se matou com um tiro no ouvido porque sua empresa faliu, deixando esposa e
filhos em situação difícil, reencarnou em família rica, com o propósito de não
formar família, montar uma instituição para crianças órfãs, e ir à ruína
financeira novamente, para ter que lutar com coragem; Camilo tornou-se grande
trabalhador no Vale dos Suicidas, e após 50 anos reencarnou para cegar aos 40 anos
e desencarnar aos 60 anos. Como vemos, ambos deram um tiro no ouvido, mas o
resgate foi diferente. (Resumo feito por Rudymara de Paula) - O livro “Memórias
de um Suicida”, buscou ajudar aqueles que, em desespero, tentaram ou pensam
tentar contra a própria vida, comprometendo severamente a evolução espiritual
que todos buscamos. Este livro foi escrito pela psicografia da médium Yvonne
Pereira - ditado pelo espírito Camilo Castelo Branco, extraordinário romancista
e poeta português, que contou sua lamentável atitude (em vidas passadas),
disparando um tiro de revólver na cabeça e consequências. Peço que todos
aqueles que lerem este resumo leiam também o texto "PARA ONDE VAI O
SUICIDA"
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